
O escândalo da memecoin Libra, criada por Hayden Mark Davis, da Kelsier Ventures, e que contou com a divulgação na conta do X do presidente Javier Milei da Argentina, ganhou um novo capítulo esta semana.
De acordo com informações divulgadas pelo portal local Página12, um advogado que representa vítimas do golpe acredita que Hayden pode fugir dos Estados Unidos e dificultar as investigações que pesam contra ele.
Assim, o advogado argentino Gregorio Dalbon entrou com recurso pedindo a prisão internacional do suspeito. No seu pedido, ele ainda solicita a inclusão do suspeito na Lista Vermelha da Interpol.
Caso a justiça argentina confirme o pedido, Hayden poderá encontrar dificuldades em se locomover entre países.
Advogado já apresentou pedido para promotores da Argentina e criador da Libra pode ir para Lista Vermelha da Interpol
O advogado argentino acredita que devido a magnitude do possível roubo causado por Hayden Mark, sua liberdade coloca em risco o resultado do processo.
Além disso, o profissional do direito alega em sua proposta que o caso repercutiu internacionalmente, o que pode levar o suspeito a fugir ou se esconder, em busca de driblar a justiça.
Na última segunda-feira (10), representantes do suspeito surgiram em público para afirmar que ele é inocente e que em breve todas as provas serão apresentadas. Nesta quinta, o próprio escritório de Los Angeles, o Waymaker Law, confirmou que defende Hayden no caso.
Argentina tem acordo com extradição com Estados Unidos que permite extradição, embora Hayden possa ser julgado no seu próprio país
Se um empresário que é cidadão dos Estados Unidos e reside neste país for acusado de roubo e a Argentina solicitar sua extradição, a situação será regida pelo tratado de extradição firmado entre os dois países, que foi assinado em 1997.
De acordo com esse tratado, a extradição é permitida para crimes que sejam puníveis tanto no país requisitante quanto no país requerido, o que significa que o roubo, como crime, é um motivo válido para que o pedido de extradição seja analisado.
Além disso, o princípio da “dupla criminalidade” precisa ser atendido, ou seja, o crime pelo qual a pessoa está sendo acusada deve ser considerado um crime em ambos os países.
No caso, o roubo é, sem dúvida, um crime reconhecido tanto nos Estados Unidos quanto na Argentina, o que torna a extradição viável.
Além disso, embora a extradição entre os dois países seja possível, um ponto importante a ser considerado é a nacionalidade do acusado. Em alguns casos, os países podem não extraditar seus próprios nacionais.
Porém, o tratado entre os Estados Unidos e a Argentina prevê que, caso o acusado seja um nacional de um dos países, a extradição pode ser negada, mas o país requerido pode, em vez disso, optar por processar a pessoa dentro de seu próprio território, com base nas leis locais.
Um caso similar ocorreu recentemente no Brasil com o ex-jogador Robinho, que teve seu pedido de extradição para a Itália negado, mas ele acabou julgado no próprio país que nasceu.
Fonte: Advogado da Argentina pede prisão de criador da Libra e inclusão na lista vermelha da Interpol
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